Tumores da Coluna Vertebral

São considerados tumores primários da coluna vertebral aqueles que se originam na própria coluna, são lesões raras, podendo ser benignos ou malignos. Já as metástases e os tumores hematológicos, como o mieloma múltiplo, são lesões mais frequentemente encontradas.
Os sintomas mais associados aos tumores da Coluna Vertebral são: dor persistente na coluna, perda de peso e sintomas neurológicos como perda de força e sensibilidade.
O diagnóstico é realizado através da avaliação clínica por um especialista e com auxílio de exames de imagem, como a tomografia e a ressonância magnética. Em geral, a confirmação do diagnóstico é obtida através da biópsia do tumor.

Tumores Benignos

Os tumores benignos são geralmente lesões estáveis com pequena possibilidade de progressão e na maioria dos casos sem necessidade de tratamento cirúrgico. Dentre eles estão:

  • Osteoma Osteoide: tumor benigno ósseo que acomete sobretudo jovens
  • Osteoblastoma: acometem jovens e tendem a ser mais sintomáticos, alguns casos precisam ser retirados cirurgicamente.
  • Osteocondroma: tumor benigno derivado de tecido cartilaginoso, com baixa probabilidade de crescimento e sintomatologia. O tratamento clínico é suficiente, em sua maioria. A presença de síndromes genéticas associadas exige avaliação médica periódica.
  • Granuloma eosinofílico: são lesões de natureza inflamatória e fazem parte da apresentação da Histiocitose de Langerhans. Acometem jovens e crianças, gerando dor e limitação de movimento.
  • Cisto ósseo aneurismático: são cavitações ósseas e não tumores propriamente ditos. O tratamento cirúrgico é indicado quando a estabilidade óssea é comprometida.
  • Hemangioma: o tumor benigno mais comum da coluna e em sua maioria assintomáticos e sem necessidade de tratamento. Surge a partir da proliferação anormal de vasos sanguíneos no interior da vértebra
  • Tumor de células gigantes: são lesões benignas, porém com tendência a crescimento progressivo e comumente tratadas cirurgicamente.
  • Cisto de Tarlov: são cistos perineurais que se formam a partir das meninges adjacentes as raizes nervosas. Costumam ser assintomáticos e sem necessidade de tratamento específico.

Tumores Malignos

Os tumores primários malignos da coluna vertebral são raros, mas também muito agressivos. Esses podem se apresentar com padrão lítico ou blástico.

  • Mieloma Múltiplo: É um tumor hematológico, sendo o tumor maligno mais comum da coluna vertebral.
  • Osteossarcoma: tumor maligno ósseo, raramente encontrado na coluna vertebral.
  • Condrossarcoma: tumor maligno com origem no tecido cartilaginoso e raro na coluna.
  • Sarcoma de Ewing: é um tumor capaz de acometer o tecido ósseo e as partes moles adjacentes com intenso processo inflamatório.
  • Cordoma: Mais comumente visto em pacientes acima de 60 anos, na região sacra e na base do crânio. O tecido tumoral tem origem a partir de remanescentes embrionários da notocorda. O tratamento de escolha é a cirurgia.

Metástases da coluna vertebral

Denominamos metástase quando um tumor se dissemina para outra região do corpo diferente do seu local de origem. Quando isso ocorre, entende-se que houve progressão da doença oncológica. As metástases são as lesões malignas mais comuns da coluna vertebral, sendo 40x mais frequentes que os tumores primários.

A coluna também é o principal local de metástases ósseas, demonstrando a importância de se considerar os sintomas dessa região, especialmente em pacientes oncológicos. Os principais tumores que geram metástases na coluna são o câncer de mama, próstata, pulmão, rim, melanoma e tireóide.
Em 70% dos casos, os tumores metastáticos da coluna comprometem a região torácica e tóraco-lombar. Em 22% dos casos, comprometem a coluna lombo-sacra e apenas 8% costumam comprometer a coluna cervical

Paciente com múltiplas lesões liticas na coluna torácica
Fratura patológica
Ressonância Magnética da coluna toracolombar de um paciente com lesão lítica e fratura patológica de T12.
Paciente submetido a biopsia de T12 e a instrumentação com parafusos pediculares para estabilização da coluna vertebral. O tratamento permite a preservação das funções neurológicas e da deambulação durante o tratamento oncológico.

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